Se de um lado da chave
das semifinais da Libertadores temos um confronto espetacular entre Santos e
Corinthians, no qual o alvinegro de Parque São Jorge saiu na frente, mesmo
jogando na Vila Belmiro, na outra semifinal, as coisas não são menos emocionantes.
O confronto do sempre temido Boca Juniors contra a vistosa equipe de La U não
deixou a desejar. E o Boca conseguiu dar um grande passo rumo à final após a
vitória por 2 a 0 em plena La Bombonera.
Alguns comentaristas,
geralmente pouco informados, diziam no começo da competição que a equipe argentina
estava ‘meia boca’. Grande engano. Como característica de seu técnico Julio
Falcioni, os xeneizes apresentam um
padrão de jogo muito sólido, com uma defesa segura e com jogadores de meio de
campo que chegam ao ataque com muito perigo.
Silva faz o giro e bate para marcar o primeiro gol do Boca |
Pela Universdad de
Chile, mais conhecida apenas por La U, o futebol bonito e ofensivo que
conquistou a Sul-Americana de 2011 precisou de algumas novas peças de reposição,
por conta da saída do zagueiro González e do atacantes Vargas, mas manteve-se
em um nível elevadíssimo. Não à toa chegou até esta semifinal de Libertadores.
Como sempre ocorre em
partidas importantes do Boca em casa, La Bombonera estava totalmente lotada e
com uma festa muito grande. Logo nos primeiro minutos, o cenário que duraria a
partida inteira foi apresentado aos espectadores: um jogo parelho, com o Boca
buscando o ataque e La U tentando encarar de igual para igual os mandantes.
Porém, tanto torcida,
quanto a equipe do Boca ficaram, no mínimo, aliviadas com o gol de ‘El Tanque’
Silva logo aos 15 minutos do primeiro tempo. Depois de conseguir criar boas
chances com Erviti e Schiavi, o camisa 19 mostrou que é um centroavante de
respeito e após cruzamento da direita de Mouche, dominou a bola na marca do
pênalti, girou e bateu de canhota para estufar as redes de Johnny Herrera e abrir
o placar.
Como de costume, Silva comemora muito ao abrir o placar em La Bombonera |
Para etapa
complementar, a situação da partida se manteve a mesma do primeiro tempo, mas
agora com o Boca buscando ampliar a vantagem, enquanto La U corria atrás do
empate. No primeiro minuto, Silva quase marcou novamente depois de desvio em
cruzamento de Riquelme, mas Herrera salvou La U com uma grande defesa no canto
direito. Pouco depois, Mouche teve a chance de marcar o segundo, mas finalizou
muito mal por cima do gol.
O tempo corria e o Boca
via amadurecer seu segundo tento. La U não assustava mais e ficava acuada em
sua defesa. A pressão azul e amarela aumentava e surtiu efeito aos 10 minutos.
Erviti recebeu livre na esquerda, arriscou o chute rasteiro, o qual Herrera não
segurou. Sanchez Miño chegou de surpresa e só empurrou a bola para o fundo do
gol, para explosão dos mais de 42 mil torcedores presentes em La Bombonera: 2 a
0 Boca.
Sanchéz Miño recebe o cumprimento de Riquelme após marcar o segundo do Boca |
Com a importantíssima
vantagem de 2 a 0, o Boca pode perder por um gol de diferença em Santiago, ou
mesmo por dois gols caso marque ao menos um, que ainda assim se classifica para
final de mais uma Libertadores (seria a 10ª da equipe). Para La U, resta jogar
mais do que jogou nesta partida para tentar reverter esta desvantagem e chegar
à sua segunda decisão. Somente a vitória da La U por 2 a 0 poderá levar a
decisão aos pênaltis.
Muito bom!! O segundo gol foi em uma bela jogada.
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