De: "Temos que nos conscientizar de que o Brasil não é mais uma grande seleção", para: "Acho que somos favoritos contra a Espanha", é um tanto estranho. Para um curto espaço de tempo, ainda mais. Há apenas alguns meses contava-se nos dedos os ufanistas que sonhavam com uma grande seleção brasileira. Hoje, não se conta.
O Brasil entra nessa final como vigésima segunda colocada no ranking da FIFA de seleções, o que pra mim é uma grande bobagem. Dane-se o ranking, vamos aos fatos. A Espanha é a favorita, atual campeã do mundo e da Europa. O que temos de fazer é jogar o salto alto fora e entrar respeitando como a Itália respeitou a seleção espanhola, com concentração e aplicação tática os 120 minutos de jogo.
foto por: Rafael Bonafé
A seleção deve muito às manifestações que desbravam o país. O hino nacional cantado mais alto do que nunca e um patriotismo vindo das arquibancadas que contagia até mesmo à nós, que vemos os jogos do sofá de casa. É com esse espírito que devemos encarar a melhor seleção do mundo. É confiar, mas temer. Acreditar, mas respeitar. Não somos os favoritos, mas temos um grande time.