sexta-feira, 28 de junho de 2013

Brasil: um país bipolar


De: "Temos que nos conscientizar de que o Brasil não é mais uma grande seleção", para: "Acho que somos favoritos contra a Espanha", é um tanto estranho. Para um curto espaço de tempo, ainda mais. Há apenas alguns meses contava-se nos dedos os ufanistas que sonhavam com uma grande seleção brasileira. Hoje, não se conta.


O Brasil entra nessa final como vigésima segunda colocada no ranking da FIFA de seleções, o que pra mim é uma grande bobagem. Dane-se o ranking, vamos aos fatos. A Espanha é a favorita, atual campeã do mundo e da Europa. O que temos de fazer é jogar o salto alto fora e entrar respeitando como a Itália respeitou a seleção espanhola, com concentração e aplicação tática os 120 minutos de jogo.



foto por: Rafael Bonafé



A seleção deve muito às manifestações que desbravam o país. O hino nacional cantado mais alto do que nunca e um patriotismo vindo das arquibancadas que contagia até mesmo à nós, que vemos os jogos do sofá de casa. É com esse espírito que devemos encarar a melhor seleção do mundo. É confiar, mas temer. Acreditar, mas respeitar. Não somos os favoritos, mas temos um grande time.

terça-feira, 25 de junho de 2013

Balo fora da Itália, bola dentro da Espanha

Balotelli fora das semifinais da Copa das Confederações. Poderia ser apenas um desfalque, mas se tratando da Espanha, é muito mais do que isso. Alguns podem estar pensando: "Nossa, como ele conhece de futebol né? Ninguém sabe que a Espanha é a melhor seleção do mundo!". Ironias à parte, vou logo para minha reflexão.


Contra a Nigéria, o placar de 3x0 pode ser visto como justo, mas para quem assistiu ao jogo, sabe que os números não narram rigorosamente o que foi a partida. A Espanha sofreu tanto no primeiro, quanto no segundo tempo da partida, com diversos ataques e contra-ataques da equipe africana. Os meias da Nigéria, chegando como "segundos atacantes", a todo momento apareciam na cara do gol espanhol. Sorte dos ibéricos que a pontaria alviverde não é lá das melhores.

Nas semifinais, prevendo um amplo domínio no meio de campo espanhol, Balotelli seria de extrema importância para a Azurra. Um atacante do calibre de Balo poderia surpreender os apostadores da Fúria e furar a zaga espanhola, que conta com Piqué e Sergio Ramos pouco inspirados nessa temporada.


Balotelli: "Sinto-me um perdedor"



Uma ausência que pode custar caro às pretensões da Itália nessa Copa das Confederações, a não ser que Prandelli crie algo de excepcional, talvez com a entrada de Giovinco e El Shaarawy, dois jogadores mais leves, que tem as características essenciais para atuar pelas beiradas do campo e que poderiam colocar as bolas que os nigerianos não tiveram a competência de pôr para dentro. Que venha mais um grande clássico do futebol mundial, com a Espanha mais favorita do que nunca!