quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Ode aos verdadeiros ídolos


Com a iminente aposentadoria de dois dos maiores ídolos do futebol atual, Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo, a escassez ou, até mesmo, a falta de grandes nomes, figuras símbolos do futebol nacional se esvaziarão drasticamente.
Marcos e Rogério se abraçam antes de duelo
Marcos deve aposentar-se no final deste ano de 2011 e, assim, deixará a torcida alviverde do Palmeiras carente. Os palmeirenses, já carentes de grandes títulos, também enfrentam a falta de grandes ídolos. Nos anos 90, a equipe se tornou vitrine da Parmalat, que visava lucro na venda de jogadores e, por isso, realizava uma grande rotatividade de jogadores no time palmeirense, sem proporcionar a criação de grandes ídolos, exceção feita a alguns jogadores, como Evair, Edmundo e Alex.
No caso de Rogério Ceni, estamos falando, sem dúvida, de um dos maiores, se não o maior, jogador da história tricolor. O eterno camisa 01 são paulino já carrega 38 anos nas costas e deve aposentar-se no final de 2012. Realmente o fim do mundo para os torcedores tricolores.
Em ambos os casos, as diretorias de Palmeiras e São Paulo já fizeram suas apostas em novos ‘ídolos’. Kleber e Valdivia pelo Palmeiras e Luis Fabiano pelo São Paulo. Se somarmos os títulos destes jogadores pelos respectivos clubes, teremos apenas dois troféus: 1 Paulista conquistado em 2008 pela dupla alviverde e 1 Rio - São Paulo conquistado por Fabuloso em 2001. Com esse currículo, não deveríamos chamar nenhum desses jogadores de ídolos, mas o fazemos.
Mas esse fato triste não é restrito apenas ao Brasil. Se analisarmos os grandes ídolos na América do Sul ou na Europa, encontraremos poucos nomes que podem receber tal alcunha de ídolo de uma torcida. Recentemente, a Argentina perdeu um desses ídolos. Mais precisamente a torcida do Boca Juniors, que viu Palermo, maior artilheiro de toda história do clube, aposentar-se. Além disso, ainda vê outro grande ídolo, Riquelme, já em descendente na carreira.
Martin Palermo chorou em sua despedida na Bombonera, estádio do Boca Juniors
 Muita dessa falta de ídolos deve-se ao futebol moderno, ao futebol negócio. Hoje em dia, quando um garoto começa a despontar, já o tiram do clube para mandá-lo para Europa ou para algum outro mercado, como o mundo árabe ou asiático. O dinheiro fala (muito) mais alto que a paixão nesse momento do futebol.
Mas um país parece ter preservado um pouco desse espírito de idolatria: Itália. Não é difícil encontrarmos jogadores com longa e vitoriosa passagem nos grandes clubes do país. No Milan, há alguns anos tínhamos Paolo Maldini como zagueiro-lateral da equipe rossoneri. Maldini conquistou com o Milan 5 Champions League, 3 Mundiais de clubes, além de 7 campeonatos nacionais. Na Internazionale, temos Javier Zanetti, um símbolo para a torcida interista de Milão. Na Roma, é declarado o amor e a idolatria ao capitão Francesco Totti. E na Juventus, Alessandro Del Piero e Gianluigi Buffon fazem questão de honrar com maior respeito e orgulho a ‘maglia’ alvinegra do maior campeão nacional.
Del Piero e Maldini em seus respectivos clubes, Juventus e Milan
Portanto torcedores, sejamos um pouco saudosistas, lembremos de grandes jogadores do time de coração e torçamos para que nossos dirigentes tenham alguma mentalidade na hora de administrar nossos times, para que não precisemos ficar vendo jogadores medianos ou pernas de pau vestindo essas camisas que temos tanto orgulho, e ainda o chamando de ídolos. Tenhamos mais respeito com essa palavra que já representou Pelé, Garrincha, Ademir da Guia, Falcão, entre tantos outros nomes.

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E agora, Jobson?


A festa acabou, a luz apagou. Você que mostrou o que pode fazer, tirou o Botafogo de um rebaixamento, marcando dois belos gols na penúltima rodada contra o São Paulo, fazendo o seu na última partida contra o Palmeiras, se tornou ídolo do alvinegro carioca, passou seis meses inativo e deu a volta por cima. Tempo depois acertou com o Atlético-MG, mas não aguentou por muito tempo.

E agora, Jobson?

Está sem time, está sem discurso, está sem carinho porque bebe e fuma. Achou que os dias estavam contados para voltar ao Rio. O dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio. Pediu ao presidente do Alvinegro que lhe desse uma última chance. Pedido negado pelas faltas em treino, desunião e falta de comprometimento.

E agora, Jobson?

Suas doces palavras nas entrevistas, sua gana de dar a volta por cima, sua vontade de sair do vício, de se desprender das drogas, de querer voltar a ser um grande jogador, sua justiça, e agora?

Renê Simões confiou no jogador, deu a chance que outros se recusaram a propor. Jobson contratado pelo Bahia no início de 2011. Prometeu gols, prometeu esforço, prometeu mudar. Queria mudar. Se esforçou. Fez gols importantes, conquistou a torcida tricolor. Será que finalmente deu certo? Com a chave na mão quis abrir a porta. Não existe porta.

Jobson, e agora?

Se você gritasse, se você se esforçasse, se você ganhasse, se você corresse, se comparecesse, se jogasse, se fosse...

Mas você não morre, você é duro, Jobson!

Agora sozinho, tem de pensar se continua jogador, se continuar baladeiro. Ainda não conquistou nada, não pode se dar ao luxo de fugir das críticas. Quem te apoia? Sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, Jobson!

Jobson, para onde?

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Últimas tacadas

Após o encerramento da janela européia, alguns clubes brasileiros pararam com trocas e negociações de jogadores. Outros precisam se reforçar e, pra isso, buscam no próprio território nacional alternativas para arrancar no Brasileirão:

São Paulo: Contratou João Felipe do Botafogo para suprir a ausência de Alex Silva e Miranda (negociados) além de Bruno Uvini (na seleção sub-20). Não conseguiu renovar com Ilsinho e agora corre para o mercado nacional afim de complementar o elenco.


Internacional: A possível negociação de Andrezinho assombra o colorado. Caso seja confirmada a saída (provavelmente para o Fluminense), a equipe gaúcha terá que procurar outra opção para o meio. O nome de Ilsinho já é comentado no Rio Grande do Sul.


Cruzeiro: Com a lesão e negociação de alguns atacantes do elenco, a raposa sacramentou a volta de Wellinton Paulista e cedeu Brandão ao Grêmio. Nos próximos dias, o clube mineiro deve fechar contrato com outro atacante, Keirrison, encostado no Santos.


Atlético-MG: Após várias "grandes"contratações frustradas, o galo está próximo de concretizar a contratação de Pierre, que não vem sendo usado pelo técnico Luis Felipe Scolari no verdão. Deve ser a última tacada do clube mineiro para arrancar na tabela do brasileirão.

domingo, 14 de agosto de 2011

Já virou rotina

Neste ano de 2011, já virou algo normal todo domingo com tênis ver o sérvio Novak Djokovic levantar taças. E não foi diferente hoje em Montreal, Canadá, na disputa do Masters 1000 local. Foi o 9º (nono) título em 10 torneios disputados por Djokovic este ano. Entre estes títulos, estão dois Grand Slams: Australian Open e Wimbledon. A única derrota sofrida no ano foi para Roger Federer na terra batida de Roland Garros. Assim, Djokovic já se tornou número 1 do ranking da ATP, posto que dificilmente deixará até o final da temporada.
Novak Djokovic beija seu 9º troféu no ano
Aliás, é impressionante como Nole, como é chamado o sérvio, vem despachando seus adversários. Durante esta semana no Canadá, isso ficou cada vez mais evidente, principalmente nas quartas de final, quando enfrentou o irreverente francês Gael Monfils. Mesmo em um jogo parelho, disputado, Djokovic despachou Monfils, atual número 7 da ATP, com o placar 6-2 e 6-1, em apenas 1 hora e 14 minutos.
Djokovic e Monfils: Jogo duro, mas com vitória rápida do sérvio
 Já na semifinal, os potentes e precisos golpes de Djokovic só maltrataram Tsonga, que acabou abandonando a partida quando já perdia a partida por 6-3 e 3-0. Na final, o sérvio enfrentou seu freguês, o americano Mardy Fish, o qual enfrentou seis vezes e ganhou as seis. Mas Fish não foi vítima fácil para Djokovic dessa vez. O americano lutou bastante e até conseguiu vencer o segundo set por 6-3, após perder o primeiro por 6-2, obrigando a disputa do terceiro e decisivo set. Djokovic começou bem este set e logo de cara teve três chances de quebra, mas não a fez. Mas pouco depois, o sérvio conseguiu uma quebra de zero e então só necessitava confirmar seus serviços. E assim foi indo o jogo até Djokovic sacar para fechar o jogo em 5-4. Rapidamente Djokovic abriu 40-0, o que só aumentou o delírio da torcida. Porém, Fish não se entregou e lutou até o último ponto. Ele ainda chegou a fazer 40-40, mas parece que nada pode parar Djokovic.
Novak Djokovic e Mardy Fish
 Agora, o sérvio se prepara para a disputa do Masters 1000 de Cincinnati, torneio preparatório para o último Grand Slam do ano, o US Open.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Sem querer também vale

Na noite desta quinta-feira, Vasco e Palmeiras se enfrentaram em um São Januario esvaziado de torcedores. Os times entraram em campo pela primeira fase, a chamada fase nacional da Copa Sul-Americana. O Palmeiras contou com força máxima. Ou quase, já que não contou com Valdivia, convocado para seleção chilena. Já o Vasco, entrou em campo poupando diversos jogadores, entre eles Alecsandro, Eder Luis, Felipe, entre outros, além de não contar com Dedé, que somente passeou na Alemanha com a seleção brasileira. Com isso, ficou evidente a preocupação de cada time com a competição. Enquanto um sonha com o título, o outro só disputa por disputar.
E se as arquibancadas não estavam lotadas, esses torcedores que não compareceram não perderam muito. Em um jogo muito equilibrado, muitas vezes até sonolento, os dois times deixavam claro como buscariam o gol. O Vasco apostava na troca de passes e em levantamentos de Juninho Pernambucano e Bernardo, enquanto o Palmeiras apostava na velocidade de seu lado direito com Cicinho e M. Leite, na força de Kleber e, claro, na bola parada de Marcos Assunção.
Os dois times alternavam ataques no primeiro tempo. A melhor chance do Palmeiras foi com Patrik. O meio-campista alviverde viu a bola sobrar livre após bola rebatida errada da zaga vascaína e emendou um voleio por cima do gol. Já o Vasco, foi mais eficiente. Já no final do primeiro tempo, após algumas boas chances criadas, um escanteio da esquerda cobrado por Bernardo encontrou Diego Souza na pequena área. O camisa 10 cruzmaltino acabou desviando a bola sem querer e viu a bola entrar no canto, sem chances de defesa para o goleiro Marcos. Pouco depois, o árbitro Leandro Vuadem encerrou o primeiro tempo.
Na volta para segunda etapa, ficou cada vez mais evidente a postura das equipes. O Palmeiras buscando de todas as formas o gol de empate, enquanto do outro lado se via um Vasco abdicando do ataque, somente se defendendo. Felipão tentou de tudo com as peças que tinha. Colocou Dinei no lugar de M. Leite e viu o suplente criar as melhores chances para a equipe de Parque Antarctica. Na melhor delas, Dinei recebeu cruzamento de Assunção e cabeceou para o fundo das redes. Porém, o jogo já havia sido paralisado por um impedimento duvidoso. Nas outras oportunidades que criou, o Palmeiras viu as chances do empate ruir nas mãos de Fernando Prass, que teve boa atuação principalmente no segundo tempo, ou na má pontaria de alguns jogadores.
E como quem não queria mais nada, o Vasco ficava na defesa até conseguir um contra-ataque mortal. E foi isso que aconteceu. Aos 34 minutos da segunda etapa, Leandro recebeu bola na direita e achou Elton no meio da área para marcar de cabeça o segundo gol. Com o resultado de 2 a 0, o Vasco encaminhou sua classificação para fase internacional do torneio. O Palmeiras precisa vencer por três gols de diferença, assim como aconteceu na mesma fase no ano anterior contra o Vitória, na qual conseguiu o resultado positivo, se quiser continuar sonhando com o título.

domingo, 7 de agosto de 2011

Quem muito quer, nada tem

O conflito que envolve o contrato entre P. H. Ganso e o Santos chegou ao ápice. De acordo com algumas pessoas ligadas à diretoria santista, o jogador quer ganhar R$ 1 mi para continuar no peixe. Isso mesmo, um milhão de reais, salário mais ou menos dez vezes maior do que o suposto craque santista ganha atualmente (R$130 mil).

São várias as opções para tal pedido acontecer:

1) Ganso quer realmente que o Santos não aceite este incrível aumento e assim, seja mais tolerante com os clubes europeus, no que se refere a sua multa recisória

2) Ele realmente acha que está no mesmo patamar de atuações de Neymar, portanto merece receber algo próximo do que o companheiro recebe.

3) Fred ganhando R$650 mil, Deco R$750 mil, por que Ganso também não pode receber um ótimo salário?

O certo é que o clube santista não aceita por nada negociar com o camisa 10 enquanto o salário pedido for de R$1 milhão de reais. Se é ciúmes do Neymar eu não sei, mas que a passagem de Ganso pelo Santos está próxima de se encerrar, eu tenho certeza.

sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Futebol pra lá de badalado

Era uma vez Garrincha, craque dos anos 60 e campeão mundial pela seleção brasileira. Era um jogador que decidia dentro de campo, mas que, fora dele, fazia o que a dieta futebolística não permite.

Romário foi o craque da copa de 94. Jogou até o final da última década sendo ídolo em todos os clubes que atuou. Durante concentração e folgas, trocava artilharia por bebidas e mulheres.

Hoje em dia, os noticiários ao invés de retratar os belos lances, grandes times e ações dos administradores, o foco da mídia toma conta da vida extra-campo dos jogadores, causando mal estar entre a torcida e os ídolos do seu clube.

Os casos mais recentes são do atacante Fred, que não jogou a última partida contra o Internacional e não jogará também no fim de semana, por causa de ameaças da própria torcida tricolor.

Elkeson discutiu com os torcedores através do twitter por causa de boatos que o jogador estaria frequentando a noitada carioca periodicamente. Ronaldinho Gaúcho foi alvo do "disque-dentuço", campanha que pedia aos torcedores flamenguistas os passos do craque pela cidade maravilhosa. Coincidência ou não, Ronaldinho melhorou seu desempenho no campeonato brasileiro.

O futebol já está se tornando entretenimento na mídia, através dos teleprogramas esportivos, por exemplo, e agora, o próprio esporte, futebol, está se tornando um entretenimento, já que os "apaixonados"por futebol estão mais preocupados com a vida dos jogadores do que com o rendimento deles. Mais preocupados com as punições da diretoria sobre os jogadores do que com as medidas econômicas adotadas por eles. Mais preocupados com o que o jogador bebe, a cerveja que ele toma, do que com o dinheiro que o querido presidente da CBF, Ricardo Teixeira, gasta.

Pelé eterno?

Alguns jogadores de futebol vão até os 35 anos, outros até os 39, senão pra cima de 40. Mas de acordo com as palavras do presidente do Santos Luiz Álvaro, o santos promete surpreender no mundial inter-clubes deste ano. E em grande estilo.



Pelé, aos 70 anos de idade (ao final do ano, 71), pretende ser campeão mundial com a equipe da baixada. É isso mesmo. O presidente ainda não deu total certeza aos torcedores, porém persiste com a idéia, já que o Rei poderia ser tri campeão mundial com o peixe, assim como foi com a seleção braisileira.

Perguntado se Pelé poderia atuar no torneio, Luiz Álvaro foi um tanto quanto otimista: "Se por acaso estivermos vencendo uma semi final por 3x0 e no final da partida houver um pênalti, quem sabe ele não entra pra bater?"

Uma iniciativa legal da diretoria do Santos, porém, vejo mais como uma grande jogada de marketing, já que a certeza do lucro com a venda de camisas do Rei é bem maior do que a certeza de ser o campeão do mundial. A incerteza vai até dezembro, quando o Santos concentra todas as suas forças no campeonato.