terça-feira, 24 de abril de 2012

Isso é futebol !


“Nenhum outro esporte é tão imprevisível e emocionante quanto o futebol”. Esta é uma frase já antiga, conhecida por muitos e repetida por outros tantos. Mas a cada ano de campeonatos por todos os lugares do mundo, vemos que há jogos que fazem essa afirmação ser cada vez mais verdadeira.
Dessa vez, a partida em questão foi Barcelona e Chelsea. Jogando em casa e necessitando de uma vitória para avançar - em Londres, vitória do Chelsea por 1 a 0 - para a grande final da Champions League, que será realizada no dia 19 de maio em Munique, na Alemanha, os catalães foram para cima, impuseram seu estilo de jogo, com troca de passes e alta posse de bola (isso antes do dramático final de jogo, quando não havia mais tática). Logo aos 2 minutos, o Barça já havia criado a primeira boa chance. Messi tabelou com Sánchez na entrada da área, recebeu com liberdade, mas bateu na rede pelo lado de fora.
Busquets só empurra a bola para o gol: 1 a 0.
O Chelsea foi a Catalunha com o objetivo muito claro de se defender. E fez isso como ninguém. Para não ser injusto, marcou como a Internazionale de Mourinho, contra o próprio Barcelona em 2010. Mas a pressão do Barça só aumentava e as chances começavam a aparecer. Mais uma vez Messi conseguiu uma tabela na entrada da área, dessa vez com Fàbregas, mas parou na defesa com as pernas de Peter Cech.
Porém, de tanto pressionar, o gol catalão aconteceu. Aos 34 minutos, Dani Alves, que entrou no lugar de Piqué, machucado, pouco antes, abriu o jogo para Cuenca do lado esquerdo da área. O camisa 23 do Barça não foi fominha e passou para o meio da área, onde Busquets apareceu para empurrar a bola para as redes. O resultado levava a partida para as penalidades, mas isso parecia longe de acontecer, ainda mais quando logo na sequência Terry acabou expulso após uma joelhada nas costas de Sánchez. Era a oportunidade que o Barça queria para ter mais tranquilidade na partida.
Expulsão do capitão londrino John Terry.
Para aumentar de vez as expectativas dos catalães, a equipe da casa voltou a marcar aos 43 minutos. Messi conseguiu ótimo passe para Iniesta, que invadiu a área e tocou com tranquilidade no canto direito na saída de gol de Cech. Agora o Barça tinha tudo encaminhado para a decisão, certo? Errado. O Chelsea segurava a pressão nos minutos finais de primeiro tempo, quando de repente, Lampard lançou Ramires no meio da zaga. O brasileiro, demonstrando muita categoria, encobriu o goleiro Valdés e colocou o Chelsea de volta a partida. Tudo havia mudado. Com o 2 a 1, o Chelsea se classificava para a final em Munique, mas ainda restavam 45 minutos para o Barça buscar mais um gol.
Ramires comemora seu gol. Foi essencial para o Chelsea.
Para o segundo tempo, era esperado uma grande pressão azul-grená. E isso aconteceu. Para melhorar a situação do Barça, logo aos 2 minutos Fàbregas foi derrubado por Drogba - que ajudo, e muito, no segundo tempo, atuando praticamente como lateral-esquerdo – e a penalidade foi assinalada. Messi chamou a responsabilidade e foi para a batida...que acabou no travessão de Cech. O melhor do mundo em 2009, 2010, 2011, perdia assim uma chance de ouro para dar um passo importantíssimo na classificação de sua equipe.
Messi e sua bola no travessão.
 O Barça tentou não se abater, mas claramente sentiu o pênalti perdido. Muitas foram as chances criadas, mas pouco foram as realmente perigosas. A cabeçada de Sánchez passou rente a trave esquerda e quando o Barça marcou, o lance foi corretamente anulado por impedimento de Dani Alves.
Messi pouco aparecia no jogo após a penalidade perdida. Até tentava, mas errava dribles e passes. Na única jogada que acertou, a bola pegou no pé da trave direita, após desvio providencial de Cech – assim como Drogba, um ‘monstro’ na partida.
O tempo corria e o relógio já passava dos 40 minutos. O Chelsea se defendia como podia. Era chutão para frente e os 9 jogadores de linha na frente da área. Com um ferrolho digno de receber tal alcunha, os azuis de Londres seguraram o Barça e ainda conseguiram empatar a partida no Camp Nou. O tão criticado Fernando Torres, que havia entrado no lugar de Drogba, errava todas tentativas de saída de jogo que arriscava, mas bastou acertar uma aos 45 minutos para ficar de vez marcado na história do Chelsea. O espanhol, que custou 58 milhões de euros ao russo Roman Abramovich, dono do Chelsea, apareceu completamente livre após mais um chutão da zaga, avançou, driblou Valdés e empurrou a bola para o fundo do gol.
Torres marca e dá números finais a partida: 2 a 2 e Chelsea classificado.
Pronto, o Chelsea estava classificado para sua segunda final do torneio mais importante da Europa. Com um roteiro extremamente emocionante, com uma garra e entrega de todos os seus jogadores, a equipe de Londres bateu aquele que é considerado um dos melhores times da história do futebol. Muitos já falam em decadência do Barça e de Messi, mas será possível uma análise com base em 3 jogos (2 contra o Chelsea e 1 contra o Real Madrid)? Creio que não. Ainda mais porque ISSO É FUTEBOL!!!

Nenhum comentário:

Postar um comentário