segunda-feira, 23 de julho de 2012

Quando a prática ataca a teoria

Atacante. Se formos buscar no dicionário brasileiro, encontraremos como sinônimo de atacante, aquele que agride, assaltante, invasor. No vocabulário futebolístico, seria o dianteiro, o jogador da linha de ataque. Até mesmo os significados não conseguem ser tão claros na teoria, quanto na prática. A prática revela muito mais do que apenas um dianteiro, ou um jogador da linha de ataque. E o significado não vem em forma de escrita neste Brasileirão, vem na forma de gols.

Demorando até um pouco mais para aprofundar a análise, busquemos o objetivo principal deste esporte que  é o futebol: ganha aquela equipe que marcar mais gols do que a adversária. Não se menospreza, entretanto, o defensor, o volante, o zagueiro, o lateral, o líbero. Muito menos, aqueles que dão assistências, os jogadores de ponta, os meias, os elementos surpresas do futebol. Mas aquele que tem de ser craque, o protagonista da partida, o finalizador, este, este tem de ser fera. O atacante faz a diferença.

Pego de exemplo a décima primeira, e a mais recente rodada do campeonato brasileiro para demonstrarmos o quanto uma andorinha só, pode fazer verão:

O Vasco venceu o Peixe, segundo gol marcado por Alecsandro. O Galo contou com boas atuações de Bernard, Ronaldinho... mas Jô guardou o dele na goleada por 4 x 1 sobre o Sport. Obina fez a sua reestreia em casa pelo Verdão também com um gol. Willian José e Ademílson marcaram à favor do desfalcado São Paulo. O Inter deslanchou uma goleada com gols de Dagoberto e Jajá. O Cruzeiro bateu o Fla com um tento de Borges. O Grêmio estragou a festa de Seedorf com gol de Marcelo Moreno. Fred fez de pênalti o gol da vitória tricolor. E até ele: Souza marcou no empate contra o Coxa.

Nos quatro primeiros colocados do campeonato, são contabilizados no mínimo 10 atacantes de ofício: André, Jô, Guilherme (Atlético-MG), Alecsandro (Vasco), Fred, Rafael Sóbis e Rafael Moura (Fluminense), Marcelo Moreno, Kléber e André Lima (Grêmio).

Corinthians campeão da Libertadores com gol de Romarinho no primeiro jogo da decisão, dois gols de Emerson Sheik no Pacaembu. Palmeiras campeão da Copa do Brasil, com gol de Betinho, no Couto Pereira.

A história nos mostra que os melhores jogadores de todos os tempos atuavam no ataque. Os recordes também nos ajudam a dar uma grande importância aos homens de frente. Os resultados provam o quanto é importante hoje no Brasil ter um grande atacante. Portanto, que os clubes dêem maior valor ao ataque, gastem mais capital com grandes atacantes. Os clubes brasileiros podem ensaiar uma retranca, mas o coração bate é lá na frente.






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